Arquitetura como elo social: os “Third Places” na construção da vida urbana

Com a rotina cada vez mais fragmentada e o avanço do home office, o espaço urbano passa por uma transformação silenciosa: cresce a busca por lugares que promovem convivência espontânea e pertencimento coletivo. É nesse contexto que o conceito de third places (ou “terceiros lugares”) ganha protagonismo, não apenas na sociologia urbana, mas também na arquitetura contemporânea.

Popularizado pelo sociólogo Ray Oldenburg, o termo se refere a ambientes que não são nem casa nem trabalho — mas sim pontos de encontro informais e acessíveis, como cafés, livrarias, praças e coworkings, como exemplo. Espaços onde se constrói comunidade.

Na arquitetura, essa ideia vem se materializando de forma estratégica. A criação de zonas de transição entre o privado e o público tem sido uma resposta concreta à crescente demanda por sociabilidade urbana. Um relatório publicado em julho de 2024 pelo Urban Land Institute (ULI) mostra como planejadores urbanos e arquitetos vêm transformando espaços antes subutilizados em centros vibrantes de convivência, voltados para o trabalho remoto, lazer e interação social, consolidando os third places como elemento central no design urbano contemporâneo1.

É com esse olhar que o RubioLuongo Arquitetos, escritório com mais de quatro décadas de atuação, tem desenvolvido projetos residenciais, corporativos e de uso misto que integram o conceito de third place ao desenho urbano. A proposta é clara: criar edifícios que incentivem o convívio, promovam trocas e ampliem o repertório coletivo de quem vive — e circula — por ali.

“A arquitetura tem um papel fundamental na costura social. Quando projetamos espaços que estimulam o convívio — como térreos abertos, áreas comuns mais convidativas e rooftops pensados para uso coletivo — estamos, na prática, desenhando relações. O prédio deixa de ser um objeto isolado e passa a atuar como parte viva da malha urbana”, afirma Camila Pupo, líder do núcleo de criação do RubioLuongo Arquitetos

Entre os projetos recentes do escritório, o Scenarium Braz Leme apresenta um térreo permeável com áreas de estar abertas à rua, integrando o edifício ao cotidiano do bairro. No Do It Vila Olímpia, coworking, varanda aberta e paisagismo conectado incentivam a convivência entre moradores. Já o Eleva Tatuapé propõe espaços multiuso no rooftop que funcionam como extensão da casa, promovendo encontros e uso compartilhado.

Além disso, um estudo publicado em agosto de 2024 pelo Urban Institute reforça a importância desses espaços na saúde urbana: a presença de third places acessíveis está diretamente associada ao aumento do bem-estar psicológico e do senso de pertencimento, além de reduzir a sensação de isolamento social em grandes cidades.

“A cidade está carente de zonas de respiro e encontro. A arquitetura pode — e deve — ser uma aliada nesse resgate do espaço público e da convivência. O desafio é projetar para além da estética: projetar com intenção social”, complementa Camila.

Com um portfólio que alia técnica, sofisticação e olhar urbano, a RubioLuongo reafirma o compromisso com uma arquitetura conectada aos modos contemporâneos de viver — e conviver.

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